Projeto de alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Automação Industrial foi elaborado para ajudar pessoas com deficiência visual, déficit de atenção ou autismo
Modelo Anatômico Inclusivo conta com sensores de aproximação e identificação tátil, além de alto-falante | Foto: Divulgação
Buscando criar uma experiência acessível e lúdica para alunos com deficiência visual, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) ou autismo, um grupo de estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Jaraguá, da Capital, criou um modelo anatômico inclusivo.
O projeto foi elaborado como trabalho de conclusão de curso (TCC), por alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Automação Industrial. Cassiano Augusto Silva de Assis, Kauê Oliveira Santos Silva, Thawan Victorino Ribeiro de Sousa e Victor Hugo Silva de Araújo tiveram a ideia a partir de um vídeo que viram na internet.
“No conteúdo demonstrava um corpo de uma baleia com órgãos à mostra e quando o botão era acionado, acendia um led no órgão selecionado. Com isso, tivemos a ideia de aplicar em um modelo anatômico do corpo humano para ajudar nos estudos, não apenas de crianças para uma aula mais lúdica, mas, principalmente, para ajudar pessoas com algum tipo de deficiência, seja visual, TDAH ou autismo”, pontua Cassiano Augusto Silva de Assis.
Experiências individuais
O Modelo Anatômico Inclusivo conta com dois sensores, o primeiro identifica quando há uma aproximação e anuncia por meio de alto-falante o nome do órgão. Já o segundo faz o órgão vibrar, ajudando na identificação tátil. “Isso faz com que pessoas com deficiência visual aprendam sobre anatomia através do tato, ao tocar os órgãos e receber informações verbais. Dessa forma, é possível desenvolver uma compreensão prática do corpo humano”, afirma.
“Quando falamos sobre autismo, TDAH e outros, pensamos como o Modelo Anatômico Inclusivo pode criar uma experiência mais controlada, organizada e envolvente, facilitando o processo de aprendizado e a concentração dessas pessoas”, complementa o aluno.
“É inexplicável a felicidade de observar como cada aluno consegue se destacar, parece até clichê, mas é uma sensação de dever cumprido ver trabalhos como esse ganhando forma”, afirma o orientador do projeto, Jean Mendes.