As escolas receberão a visita de pesquisadores brasileiros e estrangeiros e vão apresentar projetos ambientais inovadores como os ‘Clubes de Ciências’
Etec de Cubatão vai apresentar os resultados de ações que realizam para preservação dos manguezais e da vida marinha l Foto: Divulgação
Nesta terça (26), as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) de Cubatão e de Praia Grande serão palco de ações voltadas à preservação marinha e ao conhecimento científico, como parte do Festival da Cultura Oceânica – Baixada Santista 2025. O evento envolve encontros de educadores, pesquisadores e estudantes, com destaque para a inauguração de projetos de educação ambiental, lançamento de clubes de ciências e encontro com professores universitários.
O festival é promovido pelo Maré de Ciência, programa de extensão do Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O objetivo é fomentar a reflexão sobre o oceano e suas conexões com questões ambientais, sociais e econômicas.
As duas unidades do Centro Paula Souza (CPS) são reconhecidas com o selo Escola Azul, concedido pelo Maré de Ciência, por promoverem a cultura oceânica no ambiente escolar, integrando o tema de forma transversal ao currículo.
Clubes de Ciências
Dentro da programação do evento, a Etec de Praia Grande vai receber a visita de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que irão conhecer os projetos desenvolvidos na escola. Haverá ainda a inauguração da Sala Azul, um espaço dedicado à temática ambiental, que tem um grafite feito pelos próprios estudantes.
Além disso, serão lançados Clubes de Ciências, que vão envolver os alunos em investigações sobre a relação do ser humano com o oceano. “A proposta tem o objetivo de estimular os estudantes a se aprofundarem em questões científicas, com a possibilidade de aplicar o que aprendem em sala de aula em estudos de campo e laboratório”, explica a professora Sergiana Passos.
Cada um desses grupos vai abordar uma temática relacionada à cultura oceânica, como, por exemplo, análise de água e de material particulado na areia, em laboratório. “Outros estudantes farão levantamento de dados históricos de pescadores e comunidades litorâneas. Haverá ainda um grupo que vai trabalhar cultura oceânica com escolas de Ensino Infantil”, acrescenta a docente.
Diálogo
Na Etec de Cubatão, o festival também inclui um encontro com pesquisadores brasileiros e estrangeiros para discutir os projetos voltados ao oceano desenvolvidos pela escola. O professor André Vicente destaca que a iniciativa permitirá um intercâmbio de práticas pedagógicas e científicas sobre temas como Economia Azul (que pressupõe o uso sustentável dos recursos dos oceanos) e a conservação de ecossistemas litorâneos.
“Esse encontro será uma oportunidade para apresentar nossas ações voltadas à preservação dos manguezais e à conscientização sobre a importância da fauna e flora marinha”, afirma. Entre as iniciativas de destaque programadas estão uma ação de limpeza de manguezal em setembro e a Feira de Ciências de Meio Ambiente em outubro.
Conscientização
O Festival da Cultura Oceânica – Baixada Santista 2025 busca criar uma plataforma para o diálogo sobre o futuro dos oceanos e o impacto das ações humanas sobre eles. Com a participação de mais de 30 países, o evento se destaca por sua contribuição para a conscientização e pela promoção de soluções sustentáveis. A partir de 2026, os oceanos serão um tema obrigatório no currículo escolar, consolidando a cultura oceânica como um eixo no ensino de ciências no Brasil.
A programação completa do evento pode ser acessada neste link.