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Astronautas entusiasmam alunos do Centro Paula Souza

Nesta quarta-feira, dois profissionais que foram ao espaço falaram sobre suas experiências a 260 estudantes de Escolas Técnicas Estaduais

6 de novembro de 2025 10:33 am Institucional

Da esq. para a dir. Maycon Geres, James Shelton Voss, Clóvis Dias, e Thomas Henry Marshburn | Foto: Roberto Sungi

O Centro Paula Souza (CPS) recebeu, na manhã desta quarta-feira (5), os astronautas Thomas Henry Marshburn e James Shelton Voss, dentro da programação do Community Day, no 36º Encontro Internacional de Astronautas. Ambos participaram de missões espaciais e falaram sobre suas experiências a uma plateia de 260 estudantes de Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).

Promovido pela Associação de Exploradores Espaciais (ASE), o 36º Encontro acontece no Brasil pela primeira vez. Em São Paulo, além do CPS, membros da ASE fazem palestras na Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Vocês estão trazendo para todos esses os garotos a ideia de que é possível estabelecer um propósito, agir, transpirar e chegar ao fim a que se propuseram”, declarou o presidente do CPS Clóvis Dias, dirigindo-se a Marshburn e Voss na abertura do evento. O vice-presidente Maycon Geres ressaltou, em seguida, que “estar diante de dois astronautas é entender que os limites existem apenas até que alguém decida ultrapassá-los, com conhecimento, o combustível mais poderoso que existe”.

Palestras audiovisuais

Projetadas em um telão, fotos das expedições exibiam para a plateia o dia a dia no espaço, os momentos mais tensos, os mais divertidos, as lembranças da família levadas para a nave a fim de acompanhá-los nas missão. Outras situações vividas por eles foram também compartilhadas.

Por exemplo, no lançamento, depois de passar cerca de duas horas deitados, com as pernas em 90º, os astronautas sentem a espaçonave finalmente sair da base com estrondo, turbulência, e a força de duas pessoas sobre o peito de cada homem. Passam-se oito minutos e meio para que a espaçonave alcance 28 mil quilômetros por hora. Depois, restam a leveza e o silêncio.

Outra curiosidade: os consertos de máquinas como a esteira ergométrica, necessária à mantenção da massa corporal que acaba sendo fragilizada no espaço, são feitos sem as ferramentas adequadas. “Somos trabalhadores”, lembrou Marshburn. “Fazemos muitas experiências e usamos bastante o cérebro e as mãos”, completou Voss.

Estudar para ser astronauta

Marshburn, médico de formação, afirmou que na Estação Espacial Internacional (ISS) da Nasa, um projeto colaborativo internacional, há pessoas de várias nacionalidades trabalhando e convivendo em paz. E deixou claro que não há uma graduação específica para futuros astronautas, mas que convém cursar uma boa universidade e ser aplicado nas disciplinas STEM – acrônimo em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

“Alcancem as estrelas”, exortou Voss em suas considerações finais. “Cuidem-se, procurem manter-se saudáveis e se relacionem bem com seus colegas”, completou Marshburn. “Trabalhar em time é muito importante.”

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